Desde as primeiras horas da manhã desta segunda-feira que helicópteros do Governo do Estado da Bahia tanto da Polícia Militar quanto da Defesa Civil, amanheceram sobrevoando a cidade de Itapetinga, que no domingo sofreu a maior tragédia natural da sua História com a maior cheia já registrada pelo Rio Catolé que banha cidade de fora a fora.
Com a quebra de várias barragens construídas desde a sua nascente em Barra do Choça, e foram muitas. As águas do Catolé começaram a subir desde o sábado feriado de natal e na manhã de domingo famílias dos BairrosPonto Certo, Vila Rosa, Vila Riachão e Moacir Moura amanheceram ilhadas e já com água até o pescoço dentro das próprias casas , e animais domésticos de fundo de quintal, móveis e outros objetos tudo sendo levado pela fúria das águas.
Em Itambé a situação também era trágica, com muitas casas inundadas até o teto, estradas de Vitória da Conquista no Sudoeste a Itamaraju no Extremo Sul da Bahia estavam interditadas quase que a cada 30 quilômetros. Nunca se viu nada igual no Sudoeste e Sul do estado, algo que nem os mais antigos têm em memória alguma catástrofe já ocorrida. Ao final da noite desta segunda-feira 27, já se contabilizava 120 mortes em todo o estado por conta dos problemas causados pelo excesso de chuvas.
Na manhã de domingo já começava a faltar água potável nas residências. Em Itapetinga com o sistema do SAAE de Itapetinga comprometido, já se formavam filas na casas que comercializam água mineral onde os comerciantes, muitos deles gananciosos além de limitar a quantidade a ser vendida por consumidor, também já aproveitavam para aumentar os preços em até 100% e lucrar com a tragédia.
Absurdo, mas é verdade. Sem falar que em Itapetinga as unidades de saúde, os hospitais e a Unidade de Pronto Atendimento – UPA, estavam todas lotadas com pacientes precisando ser atendidos, a maioria com dores no corpo devido a um surto de dengue chikungunya que tomou conta da cidade.