A medida tem como objetivo principal garantir liquidez em moedas locais e facilitar o funcionamento dos mercados financeiros em situações de estresse ou necessidade. Segundo o BC, o limite das operações decorrentes desse acordo com a China é de até R$ 157 bilhões, com validade de cinco anos. Esse arranjo amplia o leque de instrumentos à disposição da autarquia brasileira para atuar em defesa da liquidez e do funcionamento regular do mercado financeiro.
O Banco Central do Brasil já possui um acordo semelhante com o Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos. Chamado de FIMA (Foreign and International Monetary Authorities Repo Facility), o arranjo foi tornado permanente em 2021 e possibilita ao BCB acesso a dólares por meio de operações compromissadas com títulos do Tesouro norte-americano como garantia. A China, por sua vez, mantém mais de 40 acordos desse tipo com bancos centrais de diversas partes do mundo. Fazem parte dessa rede países como Canadá, Chile, África do Sul, Japão, Reino Unido e integrantes da zona do euro, por meio do Banco Central Europeu.
O swap de moedas, ou swap cambial, é uma operação entre bancos centrais que envolve a troca temporária de moedas, com compromisso de recompra futura acrescida de juros. O objetivo não é financiar o comércio direto, mas garantir acesso a moedas estrangeiras em momentos de escassez ou instabilidade, ajudando a preservar a liquidez e a estabilidade financeira. “Esses acordos de swap de moedas têm se tornado comuns entre os bancos centrais, especialmente desde a crise de 2007. O BCB já tem conversas com outros bancos centrais para a realização de acordos semelhantes ao que será assinado com o PBOC amanhã”, diz o BC em nota.
