O maior porta-aviões do mundo chegou nesta terça-feira (11) ao Mar do Caribe. O USS Gerald Ford, da Marinha dos Estados Unidos, deixou o Mar mediterrâneo para reforçar o combate ao narcotráfico na América Latina, segundo informou o Pentágono. Em resposta, as Forças Armadas Bolivarianas — incluindo milícias civis — iniciaram uma nova fase de exercícios militares em todo o território. O Ministério da Defesa do país falou em um “desdobramento maciço” de forças terrestres, aéreas, fluviais e de todo o sistema de armas, afirmando que o país está pronto para defender sua soberania diante do que chama de “ameaça imperialista”.


A mobilização é uma reação direta à chegada do mais poderoso porta-aviões do mundo. Uma embarcação desse porte nunca viaja sozinha: o grupo de ataque inclui navios de guerra com mísseis guiados, contratorpedeiros, submarinos, além de helicópteros e aeronaves de apoio. De propulsão nuclear, o USS Gerald Ford transporta mais de cinco mil militares e tem capacidade para levar até 75 aviões, incluindo caças F-18. O navio também é equipado com sistemas de defesa aérea e mísseis de médio alcance.

A decisão de deslocar o grupo de ataque para a América Latina foi tomada no fim de outubro, quando a frota ainda estava ancorada na costa da Croácia. A travessia pelo Mediterrâneo e pelo Atlântico superou os oito mil quilômetros. A tranquilidade das praias de Taganga, uma vila de pescadores do litoral colombiano, convive com a tensão de pescadores em meio à militarização do Mar do Caribe pelos Estados Unidos, que tem atacado embarcações na região, matando quase 80 pessoas.














