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CLAIRTON ALENCAR OUVE SUA CONDENAÇÃO. |
base na decisão dos jurados e de acordo o Código de Processo Penal Brasileiro,
condeno neste momento o réu, Clairton Alencar Correia (kaká), a pena de 13 anos
de prisão, com comutação da pena por ser réu primário e atenuante pela
confissão espontânea, a 12 anos de
prisão em regime fechado sem direito a apelação neste Tribunal”.
estas palavras, após oito horas e trinta minutos de duração, a Dra. Gisele Fátima Cunha Guimarães
Ribeiro encerrou ontem no início da noite o Júri Popular, o primeiro de
2017 que julgou e condenou Clairton Alencar Correia, réu confesso do
assassinato da jovem Elizete Santos na madrugada de 31 de agosto de 2015.
A
História poderia terminar aqui, com este pequeno resumo da sentença de
condenação, mas, em mais de oito horas de Júri Popular muitos fatos aconteceram
e que merecem uma narrativa mais detalhada do site REVISTA GERAL BAHIA, que
com exclusividade transmitiu em tempo real o primeiro Juri Popular de 2017,mais
uma vez fazendo História e escola em Macarani e região.
o Júri como tinha que ser, estava marcado para ser realizado no Fórum Sílvio Benício, mas uma
pane no sistema elétrico fez com que o evento fosse transferido para a Câmara
de Vereadores, o que fez com que o público
alertado pelo site que já noticiava o fato muito antes do início do
processo, comparecesse em grande número para acompanhar o julgamento de
Clairton.
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CENAS DO TRIBUNAL. |
montadas, jurados escolhidos começou o julgamento propriamente dito tendo como
acusador o Ministério Público
Estadual, representado na pessoa da Promotora de Justiça Substituta da Comarca de Macarani, a Dra. Guiomar Melo e como defesa
o Dr. João Valença, jovem
advogado de Vitória da Conquista contratado pela família do réu e como Juíza a Dra. Giselle Fátima Guimarães Ribeiro,
Juizá da Vara Crime da Comarca de
Macarani.
fazer entrar o réu, a Dra. Iniciou o julgamento já surpreendendo o público ao
anunciar que o inquirimento as testemunhas arroladas pela defesa e acusação não
ser realizado naquele momento,os
depoimentos seriam exibidos em vídeo que foram gravados anteriormente durante a
instrução processual com a participação do advogado e da Promotora e também de
Clairton Alencar.
a exibição dos depoimentos o público pode acompanhar toda a História, desde o
momento em que Clairton e seu parceiro Edivan (foragido da Justiça), chegaram a Macarani na tarde do dia
30 de agosto de 2015 até o momento em que saiu da cidade levando uma CPU da
Pousada Manjerona, temendo que no HD estivessem gravadas imagens que
facilitassem a sua identificação.
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DEPOIMENTOS FORAM EM DATA SHOW. |
assumiu a total autoria do crime e contou com frieza de detalhes como matou
Elizete Santos: “Ela estava apavorada me pedindo para leva-la de volta para casa,
então fiz o retorno na rodovia (BA 170), estacionei, puxei ela para fora do
carro, dei um chute na cabeça e quando ela caiu eu pisei em seu pescoço, e
continuei pisando enquanto ela tentava se soltar, meu colega pediu para não
fazer aquilo porque não precisava, mas eu não queria parar e só tirei o pé do
pescoço quando ela parou de se mexer. Não sei dizer se ela já estava morta, acho
que ainda estava com vida, mas nem pensei em levar ela para o hospital, deixei
ela estendida no chão e fugi.”
confessou que conhecia Elizete a muito tempo e que sempre que vinha a Macarani
se encontrava com a jovem com quem tinha um relacionamento mais íntimo: “em
clima de pegação como se diz aqui na Bahia”, e que na noite da
tragédia os dois haviam consumido muita bebida
alcoólica e cocaína.
meio de todo o julgamento um detalhe curioso, que não passou despercebido ao Revista
Geral. A família de Clairton, duas tias, um tio, o pai, um irmão
e esposa viajaram quase mil e seiscentos quilômetros da cidade de Crato no
Ceará, para vir dar o apoio a Clairton, e a esposa Luzineide Alencar, mesmo ouvindo alí que no meio da tragédia
havia sido vítima de uma traição amorosa, depôs em favor do marido sobre seu
comportamento exemplar como filho,marido e pai (o casal tem uma filha de sete anos que é autista).
Câmeras do REVISTA
GERAL BAHIA, flagraram o momento em que a família prestava o
apoio a Clairton enquanto o mesmo aguardava a decisão dos jurados e a setença
que terá que cumprir.
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CENAS DE CLAIRTON COM A FAMÍLIA. |
Detalhe final: Durante o processo de
julgamento ficou claro que Clairton não matou Elizete por causa de dívida e nem
foi crime premeditado, o motivo do assassinato foi o uso abusivo de bebida alcoólica misturado com uma
excessiva quantidade de droga, que causou delírio tão forte em Clairton
ao ponto de ele acreditar que Elizete havia contratado Damião (morto pela Polícia em 2014) para assassina-lo e
roubar a quantia de quatro mil e
duzentos reais que estava em seu carro.
Esse
fato foi citado por Clairton várias vezes em seu depoimento, em que ele afirmou
ter inclusive impedido Damião
de entrar em seu carro, mesmo o famoso bandido e traficante que aterrorizou
Macarani e região tendo sido morto um ano e meio antes dos fatos que levaram ao
assassinato de Elizete.