O ano finalmente começou, acabou o carnaval e ontem o Brasil renasceu das cinzas, e, todas as expectativas para 2020 já começam a tomar forma de realidade ou de apenas sonhos que vão ficando para trás. O Flamengo é uma realidade, as obras de Macarani ainda que gerem expectativa vão ficando para trás, e a educação virou pesadelo com a clara possibilidade de greve dos Professores que pode ser deflagrada na próxima semana.
E na política? Bem, na política as águas continuam rolando por baixo da superfície e os bastidores continuam sendo movimentados pelas articulações. Falando em articulações: a partir do próximo dia 05 de marçoos atuais vereadores terão um mês para decidirem se disputam a reeleição pelos mesmos partidos que foram eleitos ou se mudam para outras siglas mais favoráveis as suas pretensões.
Nesse período os atuais vereadores poderão fazer isso sem correr riscos de processo por infidelidade partidária. E aí a pergunta:quem fica onde está, e quem vai mudar?
Com as mudanças na regra, a avaliação pode ser muito custosa e a decisão não será fácil. Acabou o voto de legenda, e isso deixa muitos vereadores que subiram puxados por outros mais votados preocupados com o futuro. Em compensação quem teve realmente votação expressiva nas últimas eleições, sabe que o esforço terá que ser triplicado para garantir uma vaga entre os 11 de maior número de votos na próxima.
Três dos quatro vereadores mais votados na última eleição, Marlon Sousa (MDB) (mais votado) Robério Roldão (PP) e o saudoso Dr. Osmar José da Silva, (PL) foram eleitos pela coligação do Prefeito Miller Ferraz. Dr. Osmar Messias já não está mais entre nós e o seu legado político tem como representante a sua esposa Professora Rosita, que hoje faz parte do Diretório do PL (antigo PR),portanto hoje é um partido de oposição ao Prefeito.
Robério Roldão(terceiro mais votado), logo na primeira diretriz do PP, que recomendou votar contra a aprovação das contas do ex-prefeito Carlinhos em 2017, optou por ir contra a orientação do partido e ficou com ex-prefeito, e agora vive a angústia de mudar e continuar com o Prefeito que está em baixa em todas pesquisas que dizem ter sido feitas nos últimos meses na cidade, ou torcer para que o Deputado Federal Cláudio Cajado (PP) consiga tirar o partido das mãos de Nogueira para que ele não precise mudar. Difícil vai ser tirar não acham?
Gláuber Costa (PODEMOS), o segundo mais votado declarou ao RGBAHIA ainda em dezembro de 2018,que não iria para disputa de uma reeleição e que esse seria seu segundo e último mandato. Até o momento o Vereador não deu nenhuma declaração de que mudou de ideia, portanto é uma incógnita a sua candidatura.
Marlon Sousa, que sempre se manteve fiel as suas convicções, deve ser mesmo candidato a reeleição, já que o Cacique Carlinhos descartou qualquer possibilidade de mudança de posição quanto a apoiar a reeleição de Miller e com isso acabou com a possibilidade da chapa Dagélia/Marlon ou vice e versa. Mas o Presidente da Câmara que foi eleito pelo MDB, também tem contas a fazer, porque a baixa popularidade e a rejeição crescente do Prefeito Miller Ferraz é um fator a ser considerado muito forte na tomada de decisões.
Bem, por hoje deixamos as considerações apenas com esses quatro (Dr. Osmar-in memoriam) mais votados. Na próxima análise falaremos sobre os outros que estão pensando em como segurar a cadeira para mais um mandato, aguardem.