O primeiro na preferência do PT para disputar as eleições como candidato a governador da Bahia em 2022, o senador e ex-governador Jaques Wagner foi também o primeiro a desistir da disputa. O segundo foi o Senador Otto Alencar (PSD), que prefere ficar quietinho com a sua cadeira garantida em Brasília. E com a desistência de Otto, o atual governador petista, Rui Costa decidiu que irá cumprir o seu mandato até o final e não irá se desincompatibilizar do cargo em abril para disputar o senado.
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), vai cumprir o mandato até o final e não concorrerá ao Senado em 2022, segundo o senador Jaques Wagner (PT-BA). Bem avaliado e favorito à cadeira de senador em jogo neste ano, Costa havia se empolgado com a possibilidade de concorrer, mas a manutenção da aliança com PSD e PP no estado pesou na decisão.
Segundo Wagner, que desistiu de concorrer ao Palácio de Ondina, o senador Otto Alencar (PSD-BA) não demonstrou interesse em disputar o governo estadual, como defendia uma parte do PT baiano, sobretudo a ligada a Costa, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Otto não quis. Ele gostou do Senado, foi muito bem lá, e quer permanecer. Isso muda tudo. Não dá para fazer campanha sem vontade. Se ele não quer ser governador, tem que respeitar a vontade dele. Fizemos uma nova organização da chapa e isso até essa semana vamos bater o martelo quem será.” Disse Wagner em entrevista à Rádio Metrópole, de Salvador.
Pela configuração anunciada por Jaques Wagner, o PT vai manter a indicação do candidato a governador e já tem três nomes em vista para o posto: Luiz Carlos Caetano, secretário de Relações Institucionais do governo estadual, Jerônimo Rodrigues, secretário de Educação da gestão Costa, e Moema Gramacho, prefeita da cidade de Lauro de Freitas. Segundo o senador, ainda haverá uma reunião com Lula para definir o palanque baiano.
Claro que vai ter palanque, mas sem a candidatura de Otto Alencar encabeçando a chapa, vai ficar muito mais difícil o grupo que há 16 anos comanda a Bahia conseguir manter o poder no cargo mais alto do estado.