Os comentários de Xi foram feitos durante um discurso nesta segunda-feira (1°), horário local, na cúpula de dois dias orquestrada para destacar a liderança global da China e sua parceria estreita e duradoura com a Rússia, enquanto os dois vizinhos buscam reequilibrar o poder global a seu favor, às custas dos EUA e seus aliados. “Devemos alavancar a força de nossos mercados de grande porte e a complementaridade econômica entre os Estados-membros e melhorar a facilitação do comércio e do investimento”
Essas frases são frequentemente usadas por Xi para criticar o que ele vê como uma ordem mundial liderada pelos EUA e seus aliados ocidentais. A cúpula é uma vitrine do estreitamento dos laços entre China e Rússia, bem como da amizade construída ao longo dos anos por seus dois líderes autocráticos. O profundo relacionamento pessoal entre os dois homens ficou evidente na noite de domingo (31), quando Xi e sua esposa, Peng Liyuan, ofereceram um banquete de boas-vindas aos líderes presentes.
O líder chinês prometeu 2 bilhões de yuans (US$ 280 milhões) em subsídios aos estados-membros da OCX este ano e a criação de um Banco de Desenvolvimento da OCS para fornecer “bases mais sólidas” para a segurança e a cooperação econômica entre o bloco. Sem citar os Estados Unidos, Xi prometeu se opor ao “hegemonismo”, à “mentalidade da Guerra Fria” e às “práticas de intimidação” em discurso com a presença do presidente russo Vladimir Putin, o primeiro-ministro indiano Narendra Modi e o presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan.