No próximo dia 04 de outubro, dia em que os eleitores aptos a votarem irão às urnas escolher o futuro prefeito e os futuros vereadores da cidade de Macarani e de todas as demais cidades do país, a esperança dos candidatos é de que o maior número possível de votantes compareça as urnas para que também sejam maiores as chances de uma eleição tanto para a Prefeitura quanto para a Câmara de Vereadores.
Mas, como fazer essa expectativa se tornar real se o número de eleitores que deveria ter aumentado em quatro anos diminuiu? Esse será o desafio dos candidatos que terão que buscar os votos inclusive dos descrentes dos políticos que costumam não comparecer, votar em branco ou anular o voto. Em 2016 apenas entre brancos e nulos somados tivemos 905 votos a menos para Prefeito e 461 para vereadores.
Isso sem falar nas abstenções, ou seja: os eleitores que não compareceram as urnas. Falamos que diminuiu o eleitorado? Pois bem, segundo Magda Lins, Chefe do Cartório Eleitoral de Macarani que respondeu gentilmente as questões levantadas pelo RGBAHIA:“Hoje, 22/05/2020 o eleitorado aptos de Macarani é 13.937 (treze mil novecentos e trinta e sete eleitores). Temos 1.373 (mil trezentos setenta e três) títulos cancelados, porém os que tiverem o título cancelado, apenas, porque não compareceu a revisão biométrica poderão votar.”
Em 2016, ano das últimas eleições municipais, o eleitorado de Macarani era composto de 13.940 (treze mil novecentos e quarenta) eleitores, e parece muito pouco alarde da manchete se levar em conta que tivemos redução de apenas três eleitores. Mas é bom imaginar que em quatro anos a estagnação dos números é preocupante, registro zero de aumento no eleitorado mostra uma cidade em redução também no número de habitantes, e isso pode impactar na arrecadação do FPM do município e até no número de Vereadores da Câmara.
Estamos exagerando? Então responda aí você que está lendo essa matéria e acha que é exagero do RGBAHIA. Onde estão as centenas de jovem menores de 16 e que ao longo dos últimos quatro anos se qualificaram a votar ao completarem os 16 anos mesmo não sendo obrigados a tirar o título de eleitor? E na mesma leva onde estão os que neste mesmo período completaram 18 anos , e aí sim, o título e o voto passaram a ser obrigatório? É claro que: uma cidade ao longo de quatro anos sem gerar emprego e renda, sem obras da administração deve ter “mandado” embora toda a sua mão de obra jovem que estava chegando para o mercado de trabalho.
Então, se considerarmos toda essa exportação de famílias que deixaram a cidade levando seus filhos embora, e de jovens que deixaram suas famílias aqui e foram em busca de trabalho, é realmente muito preocupante o choque de realidade. E por favor: não ponham a culpa no Covid 19, ele só começou a afetar a vida no país há três meses, o que é muito pouco para os defensores do indefensável culpá-lo pela incompetência de quase três anos e meio de uma administração que prometeu tudo e não fez aboslutamente nada.