No oitavo levantamento do ciclo 2024/2025, a Conab estima safra de 13,4 milhões de toneladas de grãos.A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em seu oitavo levantamento de 2024/2025, estimou uma produção de 13,4 milhões de toneladas de grãos – o que representa um avanço de 7,7% em relação ao ciclo 2023/2024.
Com relação à área plantada, observa-se uma ampliação de 5,7% na mesma base de comparação, o que alcança uma área de 4,0 milhões de ha. Com destaque para expansão de área em soja (+ 156 mil ha) e algodão (+ 67 mil ha). Assim, o rendimento médio do conjunto das lavouras pesquisadas deverá ficar em torno de 3,35 toneladas/ha, o que corresponde a um crescimento de 1,9% em relação ao ciclo anterior.
A soja, segundo a Conab, deve apresentar um novo ciclo de alta, com aumento da área plantada – crescimento de 7,9% em relação à temporada passada – alcançando um total de 2,14 milhões ha. Por sua vez, a produção deve avançar em 16,5%, para 8,71 milhões de toneladas na atual temporada, em comparação com o ciclo anterior. Com isso, a produtividade estimada é de 4,08 toneladas/ha, representando aumento de 7,9% em relação à safra anterior. A produção de algodão está estimada em 1,99 milhão de toneladas, plantada em 413 mil ha, o que representa um crescimento de produção de 18,1% em relação ao ciclo 2023/2024. De acordo com a Conab, a expectativa de aumento de área (19,4%) em relação à safra passada deve-se aos bons resultados alcançados naquela safra. A expectativa é de aumento na produtividade graças à regularidade hídrica e ao manejo cultural.
Uma das expectativas negativas está associada à produção de milho, a Conab estima que a safra atual totalize 2,51 milhões de toneladas. As principais contribuições provêm da primeira (1,18 milhão de toneladas) e da terceira (1,15 milhão de toneladas) safra do cereal. Em seu conjunto, a produção de milho, no estado, apresenta previsão de queda de 15,2% em relação ao período anterior, atribuída às adversidades climáticas. De acordo com análise da Conab, há uma expectativa da redução da área de cultivo (-3,9%) devido à baixa rentabilidade do cereal. Apenas no oeste o clima foi favorável, com chuvas regulares.
Também a safra de feijão tem estimativas negativas, pois a escassez, ou até ausência de chuvas principalmente nas áreas centrais do estado, limitaram não só a realização do plantio como prejudicaram a evolução fenológica das lavouras, reduzindo drasticamente o potencial produtivo. As áreas mais ao oeste do estado apresentaram melhores resultados, já que o regime pluviométrico ali foi mais favorável. O volume estimado é de 325 mil toneladas (plantado em 434 mil ha) e representa uma redução de 8,2% em relação ao ciclo 2023/2024, verificada na primeira safra de produção do grão que deve registrar queda de 42,2%, em relação à primeira safra do ciclo 2023/2024.