O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vai apresentar aos novos presidentes do Senado e Câmara as 25 medidas que são consideradas prioritárias pelo governo para a agenda econômica de 2025 e 2026. A entrega vai acontecer nesta quarta-feira, ao meio dia, no gabinete do novo presidente da Câmara, deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB). O parlamentar e o ministro tem um bom relacionamento, e trocaram elogios nos últimos dias após a eleição de Motta.
Entre as prioridades elencadas no documento que será entregue por Haddad estão listados projetos de lei, medidas em andamento que estão sob análise e medidas internas do governo. Integram a lista, por exemplo, os projetos que tratam da reforma da previdência dos militares e a limitação dos supersalários. Ambos fazem parte do pacote de corte de gastos apresentado pelo governo ao Congresso no final do ano passado e aguardam análise dos parlamentares. A regulamentação das big techs também é considerada uma prioridade para o governo. Outras medidas como a nova lei de falências, o fortalecimento de proteção a investidores no mercado de capitais, e a modernização no regime de concessão e PPPs também são prioritárias na agenda econômica do governo para os próximos dois anos.
“Talvez a agenda boa para o país não seja mais essa, a agenda boa seja de poder tratar da responsabilidade fiscal sobre outros aspectos, rever um pouco a questão dos gastos, mais responsabilidade com as despesas, porque é isso que todo o setor privado está esperando para poder entrar entrarmos em uma situação em que o juros não esteja crescendo tanto como está, para termos um controle sobre o dólar” — disse Motta.
Os números da economia são muito preocupantes. O governo precisa reconhecer que a situação econômica é grave, é necessário responsabilidade fiscal. “O governo tem dificuldade de fazer esse movimento (de estabilidade fiscal), mas a Câmara no vai abrir mão de discutirmos isso. Eu acho que eles tem uma dificuldade de entendimento. O ministro Haddad tem ficado vencido nas discussões internas. Nós estamos vendo que a saída com o aumento da arrecadação não vai resolver o problema, se não fechar a torneira do outro lado. O setor produtivo também está cansado, porque as medidas sempre vem para onerar mais.” Encerrou Mota.