Com o fim das coligações partidárias um fenômeno pode acontecer nas próximas eleições municipais para Prefeitos e Vereadores. É que, se antes os partidos pequenos preferiam se coligar ao invés de lançar candidatos próprios a Prefeito para dar chance aos votos de legenda para seus candidatos a Vereadores, agora a situação se inverte, será preciso ter candidato a Prefeito se quiser fazer algum vereador.
A disputa municipal de 2020 terá número recorde de candidaturas, de acordo com a previsão de presidentes de partidos e analistas. Com o fim das coligações para as câmaras municipais a partir deste ano, cada legenda terá de apresentar uma lista fechada de candidatos a vereador e a tendência é lançar nomes próprios a prefeito para puxar votos para o Legislativo.
A intenção da nova regra é diminuir o total de partidos no país — hoje há 33 legendas registradas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) —, mas esse efeito só deve ser atingido em eleições seguintes. Os critérios para acesso ao fundo partidário e tempo de TV são baseados nos votos para a Câmara dos Deputados, mas a nova regra pode reduzir o espaço nos legislativos municipais dos partidos menores, que não poderão se coligar com siglas maiores, herdando seus votos.
Em Macarani nas eleições de 2016 já tivemos um candidato a Prefeito que acabou até desistindo, e teve um outro que o candidato a Prefeito foi abandonado pelo candidato a vice, que se bandeou para o lado do então candidato a Prefeito que foi eleito.
Vamos aguardar e ver o que acontece em 2020, mas com certeza veremos aumentar o número de candidatos a Prefeito sem muita expressão, porque a disputa tende mesmo a ficar polarizada entre o Prefeito Miller e o candidato da oposição. Isso caso Miller venha mesmo a ignorar a enorme rejeição ao seu nome e ao seu governo, e teime em exercer o direito de candidato natural a uma possível reeleição.