A crise no fornecimento de ovos nos Estados Unidos pode impactar diretamente os consumidores e produtores norte-americanos ao longo de 2025. O alimento é muito utilizado na culinária e presente desde o café da manhã até o jantar. O ovo enfrenta um cenário desafiador no país norte-americano, com previsões de alta nos preços e dificuldades no abastecimento. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, a inflação e o aumento dos casos de gripe aviária podem elevar os preços dos ovos em até 20% neste ano.
Em algumas regiões, a escassez já foi sentida, e prateleiras vazias foram registradas no início de 2025. O impacto sobre o mercado norte-americano levanta questionamentos sobre possíveis reflexos no Brasil. Nos Estados Unidos, a situação segue preocupante. A imprensa local informou que, em dezembro, o preço médio da dúzia de ovos atingiu US$ 4,15, valor inferior ao recorde de US$ 4,82 registrado há dois anos, mas ainda assim considerado elevado. Além disso, o Departamento de Agricultura prevê um aumento de até 20% nos preços ao longo de 2025.
Os estados mais afetados pela gripe aviária são Iowa e Califórnia, segundo veículos de comunicação americanos. No Brasil, o Espírito Santo já registrou casos da doença em anos anteriores, mas sem prejuízos significativos à produção. Segundo a Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, o risco de transmissão da gripe aviária por meio do consumo de alimentos preparados adequadamente é pequeno. No entanto, a mortalidade das aves devido à doença reduz a oferta de ovos e impacta diretamente a produção.
Marcello Marin, contador, administrador e especialista em Recuperação Judicial, explica que os casos de gripe aviária nos Estados Unidos não são recentes e a situação não deve afetar o Brasil. “Não começaram em 2024; vêm se arrastando desde 2021, 2022, com milhões de aves infectadas. Em 2024, por exemplo, havia 43 milhões de aves infectadas. Isso é um número significativo. No entanto, para que isso impacte o Brasil e o preço do ovo, é muito difícil”, diz.