Palavras da Vovó: “Xiii! Meu neto essas vacinas que chegaram para Macarani não deram nem pro cheiro, o governo só vai liberar para o povo pobre depois que passar o carnaval dos ricos.”
Sábias palavras da Vovó, que do alto da sua centenária existência já viu muitas pandemias e epidemias assustarem esse país. Que no final da década de 70 foi atacado pela meningite meningocócica numa época em que o país ainda tinha focos de sarampo, catapora e varíola, nos anos 80 viu a chegada da AIDS e a crise do cólera e com alegria também comemorou o controle total da poliomielite.
Assim, ela observa com ceticismo o Plano Nacional de Imunização do COVID 19, cujas vacinas estão vindo a conta gotas para os municípios pequenos cujas secretarias de saúde tem que fazer malabarismos para tentar cumprir as exigências do cronograma imposto pelo Ministério da Saúde e suas prioridades.
Mas, apesar das doses que chegam a cada semana a conta gotas para o Município, a Secretaria de Saúde de Macarani tem, na medida do possível procurado cumprir as exigências do Programa Nacional de Imunização, deixando tudo encaminhado para quando realmente chegarem vacinas suficientes atender a toda a população que precisará ser vacinada.
Segundo a Secretária de Saúde, Sione Passini, em três lotes recebidos, já tivemos 230 doses sendo 170 Coronavac e 60 AstraZeneca/Oxford, das quais até ontem à tarde 190 doses já haviam sido aplicadas. A maior dificuldade ainda é ter que ajustar o pouco número de vacinas que chegam, ao cronograma de prioridades estabelecidas para cada setor da população pelo Ministério da Saúde e que tem que ser seguido à risca, sob pena de punição aos profissionais da saúde envolvidos no processo.