Todos os dias, vídeos de crianças e bebês viralizam nas redes sociais. Na maioria das vezes, são as famílias que compartilham momentos da infância de seus filhos, desde a primeira ultrassom. A prática é tão comum que ganhou uma expressão só para ela: “sharenting” – dos termos em inglês “to share” (compartilhar) e “parenting” (paternidade/maternidade). A palavra significa o comportamento de publicar vídeos, fotos e textos que expõem crianças com frequência no mundo digital.
O caso retrata como predadores sexuais se aproveitam de perfis abertos de famílias que publicam imagens de seus filhos nas redes para abastecerem círculos criminosos. De acordo com especialistas, as fotografias mais cobiçadas são das crianças sozinhas em situações inocentes que acabam sendo sexualizadas por pedófilos. Em Macarani o Conselho Tutelar dos Direitos das Crianças e Adolescentes estão com a campanha “Expor não é ajudar. É revitimizar.” Assista ao vídeo da campanha.
Crianças e adolescentes têm direito à proteção — inclusive nas redes sociais.
Compartilhar vídeos ou fotos de situações de violência é ferir novamente quem já está ferido e violar a lei. Se presenciar algum caso, não publique. Denuncie.
Procure o Conselho Tutelar ou ligue Disque 100.
A verdadeira proteção acontece no silêncio do cuidado e na força da denúncia responsável.