O delegado Rodrigo de Melo Teixeira, ex-diretor da Polícia Federal (PF) na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi preso na manhã desta quarta-feira (17), em uma operação da PF que investiga corrupção no setor ambiental. O delegado é o mesmo que iniciou as investigações da facada sofrida por Jair Bolsonaro (PL) em 2018 em Juiz de Fora, durante a campanha eleitoral daquele ano. A prisão de hoje não tem nenhuma relação com o caso da facada. A Gazeta do Povo ainda não conseguiu contato com a defesa do delegado e aguarda retorno da PF. O espaço segue aberto às manifestações.
Em nota, a Petrobras informou que recebeu na manhã desta quarta-feira o pedido de renúncia imediata do integrante externo do Comitê de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) da companhia, Rodrigo de Melo Teixeira. “A Petrobras esclarece que não tem qualquer relação com os fatos investigados na Operação Rejeito, deflagrada hoje. Tais fatos são alheios às operações da companhia e à atuação do Comitê”. Fontes ligadas à operação disseram à reportagem que o foco é combater atos ilegais, independentemente de quem sejam os envolvidos, mesmo que seja um delegado da PF ou outro membro da instituição.
A prisão de Teixeira é parte de uma operação maior que apura fraudes em licenciamento ambiental e propina paga a servidores públicos. Ele é suspeito de ser administrador oculto de uma empresa de mineração, envolvida com os alvos investigados. Segundo as investigações, Teixeira usava seu cargo na PF para influenciar investigações e beneficiar seus próprios interesses comerciais, principalmente no setor de mineração. A operação, que tem como objetivo desmantelar uma organização criminosa no setor, identificou lucros indevidos superiores a R$ 1,5 bilhão.